
É a ruiva Daisy que conta a história. O anúncio da chegada do furacão Katrina, indica que estamos na Nova Orleans de 2005. Daisy, uma incrivelmente envelhecida e quase irreconhecível Cate Blanchet, está muito doente, internada em um hospital. A filha está lendo o diário de Benjamin e Daisy vai acrescentando lembranças à história, e dessa forma o filme vai e volta no tempo. E assim vamos acompanhando o relacionamento do protagonista, que vai rejuvenescendo, com Daisy, que segue o curso normal da vida e envelhece à medida que o tempo passa.

Além disso, conhecemos as pessoas que ele encontrou durante a vida ao contrário, que marcaram a vida dele, cada uma de uma maneira: o amigo pigmeu tão solitário e excluído quanto Benjamin aos 70 e tantos anos, o marinheiro que o leva a um bordel, um velhinho que foi atingido por 7 raios e não morreu e que rendem boas risadas durante todo o filme, a inglesa do hotel...
No meio do caminho, pinçamos frases que dizem muito sobre relacionamentos de todos os tipos e sobre o modo que cada um escolhe viver e lida com as perdasda vida. De modo que não importa se você envelhece ou rejuvenesce, mais importante é COMO você vive a vida. É esse o espírito do filme!

Além do ótimo roteiro de Eric Roth, o mesmo de Forest Gump, a habilidade dos atores em interpretar personagens em diversas fases da vida, de várias idades é notável. Brad Pitt está impressionante, mesmo com a ajudinha da equipe técnica do filme. O mesmo vale para Blanchet, como uma bailarina de 20 e poucos e uma idosa à beira da morte.
O Curioso Caso de Benjamim Button, baseado em um conto de F. Scot Fitzgerald, é dirigido por David Fincher, o mesmo de Clube da Luta, Seven e Zodíaco.